quarta-feira, 1 de setembro de 2010



Minha dobradinha no Apoio ao Policarpo,deputado federal ,  presidente do PT DF

terça-feira, 1 de junho de 2010

Trânsito - Em 27/05/2010

Cadeirantes fazem protesto na BR-040 Pessoas que perderam os movimentos e hoje estão em cadeiras de rodas após terem sido vítimas de acidentes se engajam em campanha de conscientização e abordam motoristas
  Uma blitz especial foi montada no posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) próximo a Santa Maria, na BR-040, que dá acesso a Valparaíso (GO). Cerca de 350 carros foram parados na manhã de ontem por cadeirantes que levavam aos motoristas mensagens sobre a importância de se obedecer às leis de trânsito em respeito à vida. O trauma da maioria dos portadores de necessidades físicas que participaram do ato foi causado pela imprudência nas vias do Distrito Federal e Entorno. A campanha foi aprovada pelo público-alvo. “Achei a atitude ótima. Tem muita gente que bebe e esquece que acidentes fatais, ou que deixam sequelas podem acontecer a qualquer um. E essas pessoas vieram nos acordar para isso”, afirmou a fisioterapeuta Larissa Pinheiro, 23 anos, que foi abordada pela operação.
   Os manifestantes conversam com as pessoas que transitavam pela rodovia: a campanha teve boa repercussão.

ACESSIBILIDADE NO METRÔ » Falta elevador na Estação Galeria - Em 12/05/2010

  Os cadeirantes e deficientes físicos que passam pelo Setor Bancário Sul terão de esperar pela resolução dos problemas de acessibilidade da região. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) se reuniu ontem com integrantes da Administração Regional de Brasília e de outros órgãos do GDF e com a Prefeitura Comunitária do SBS para discutir a instalação de um elevador na saída da Estação Galeria do Metrô-DF que dá acesso à área. Representantes essenciais para a resolução do caso, no entanto, tiveram problemas e não compareceram ao encontro.
  A 2ª Promotoria da Pessoa Idosa e da Pessoa com Deficiência (Prodide) marcará uma nova reunião e convocará os membros que faltaram. O prefeito comunitário do SBS, José Pacheco, pede a instalação do equipamento há mais de dois anos. “Não entendo por que existe um elevador na saída da estação em direção ao Setor Comercial Sul, enquanto as pessoas que vão para o Setor Bancário têm de subir as escadas”, detalhou. Segundo ele, o trânsito de pedestres no local é feito na base do improviso. “Um cadeirante que trabalha na área tem de dar a volta pelo Conic”, exemplificou.

Brasília Chega aos 50 sem acessibilidade - Em 18/03/2010

RÚGBI EM CADEIRA DE RODAS - Em 13/01/2010


   Com bola de vôlei em quadra de basquete, paraplégicos do DF aprendem a praticar rúgbi A quadra é a mesma do basquete.

  A bola é a do vôlei. Mas o que eles jogam é rúgbi em cadeira de rodas. A modalidade, em um primeiro momento, parece ter pouco a ver com o tradicional e muitas vezes violento rúgbi, que pode ser resumido como um futebol americano em que os praticantes não usam proteções.


Partindo desse princípio, quem já viu um jogo de rúgbi pode até imaginar que, em sua versão adaptada, o contato é eliminado pelo fato de os praticantes estarem em cadeiras de rodas.

Postes e árvores no meio das calçadas? - Em 24/12/2009

Parece brincadeira, mas é sério. No Gama, postes de iluminação e árvores dificultam o acesso de pedestres e cadeirantes.
  Quem caminha com dificuldade reclama. “Já era difícil. Agora, com os postes, só aumentou a dificuldade”, diz o arquiteto Aliomar Nogueira.

  Imagina então como é passar com cadeira de rodas. É quase impossível transitar em meio a tantos postes, árvores e placas. Tudo no meio da pista que liga o Setor Leste do Gama ao Setor Central.

  Maurício estudou acessibilidade, mas diz que não vê as leis sendo aplicadas no Gama. “Colocaram os postes e ponto final. As calçadas continuam quebradas e não existe outra opção de acesso”, critica o presidente da Associação dos Deficientes do Gama, Maurício dos Santos.

Parque Urbano e Vivencial do Gama: Implantação Já! - Em 04/09/2009

  Os Deputados Paulo Tadeu  e Cabo Patrício (PT/DF) estão juntos com os moradores na luta para a implantação do Parque Urbano e Vivencial do Gama.
Dinheiro tem. A Câmara Legislativa aprovou no orçamento do DF R$ 100 mil para o Parque, mas o Governo do Distrito Federal parece que não quer o Parque, pois prefere gastar os recursos do Distrito Federal em outras coisas.
  Só no jogo da seleção brasileira, foram gastos R$ 9 milhões de dinheiro público. Aliás, por causa da gastança desordenada com esse jogo, o Ministério Público entrou com uma ação de improbidade administrativa contra o Governador.
Em publicidade e propaganda, o governo Arruda já gastou, só neste ano, mais de R$ 65 milhões. Um pequeno percentual desses valores seria suficiente para implantar o Parque e assim atender a essa antiga reivindicação dos moradores.
  Parque Urbano e Vivencial do Gama: Implantação Já!

Cadastramento começa hoje - Em 02/03/2009

Autor: Verônica Soares 
São esperados no programa cerca de 30 mil pessoas com deficiência

  A pessoa com deficiência interessada em ganhar terreno do Plano Habitacional do Distrito Federal deve ficar atenta. O cadastramento para o Plano começa a partir de hoje. Uma lei complementar sancionada no último dia 7 pelo governador José Roberto Arruda destina uma cota de 10% dos terrenos ou imóveis de programas habitacionais do governo para pessoas com deficiência e aos pais ou responsáveis por sua guarda e proteção, residentes no Distrito Federal há mais de cinco anos.
  Antes desta lei, ao se cadastrar em programas habitacionais, a pessoa com deficiência entrava em uma lista de espera da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab). A diferença de tratamento só era notada na pontuação,

Moradia para os deficientes - Em 09/02/2009

  Boa notícia para os deficientes do Distrito Federal e suas famílias. O governador José Roberto Arruda sancionou ontem projeto de lei que destina entre 5% e 10% de todos os programas habitacionais para os portadores de deficiência. No entanto, para a alegria dos presentes, Arruda se comprometeu a manter, durante sua gestão, o percentual máximo de 10% destinado a essa parcela da população. Cerca de 10 mil pessoas devem ser beneficiadas. Quase 5 mil pessoas participaram da solenidade, no estacionamento do Ginásio Serejinho, em Taguatinga.
  Podem participar dos programas habitacionais todos os portadores de necessidades especiais que morem em Brasília há pelo menos cinco anos, cuja renda familiar não ultrapasse cinco salários mínimos e que não possuam ou nunca tenham tido imóveis em seu nome. Terá prioridade quem tiver o maior número de filhos e estiver há mais tempo no Distrito Federal.
  A partir de 1º de março, o GDF começa a fazer o cadastramento de portadores de deficiência para a

domingo, 30 de maio de 2010

Festa de enxoval da Aline




Encontro dos cadeirantes de Brasilia.






Salão verde da Camara Federal.


companheiros de Luta.

Reunião na sala do presidente da Camara Federal "Michel Temer"


Sobre a redução do tempo de servico das pessoas com deficiências.

Luis Mauricio e o Companheiro Iolando Presidente da UBRAPOD

quinta-feira, 27 de maio de 2010

TRÂNSITO

» Cadeirantes fazem protesto na BR-040 Pessoas que perderam os movimentos e hoje estão em cadeiras de rodas após terem sido vítimas de acidentes se engajam em campanha de conscientização e abordam motoristas

Mariana Sacramento

Publicação: 27/05/2010 07:55

Uma blitz especial foi montada no posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) próximo a Santa Maria, na BR-040, que dá acesso a Valparaíso (GO). Cerca de 350 carros foram parados na manhã de ontem por cadeirantes que levavam aos motoristas mensagens sobre a importância de se obedecer às leis de trânsito em respeito à vida. O trauma da maioria dos portadores de necessidades físicas que participaram do ato foi causado pela imprudência nas vias do Distrito Federal e Entorno. A campanha foi aprovada pelo público-alvo. “Achei a atitude ótima. Tem muita gente que bebe e esquece que acidentes fatais, ou que deixam sequelas podem acontecer a qualquer um. E essas pessoas vieram nos acordar para isso”, afirmou a fisioterapeuta Larissa Pinheiro, 23 anos, que foi abordada pela operação.

Os manifestantes conversam com as pessoas que transitavam pela rodovia: a campanha teve boa repercussão

A iniciativa partiu da União dos Deficientes de Valparaíso de Goiás (UDVG), em parceria com a PRF e o Detran. A blitz foi montada em um ponto estratégico. A BR-040 é a saída mais movimentada de Brasília. Por lá, circulam em média 40 mil carros por dia, de acordo com o inspetor da PRF André Alves. O presidente da UDVG explicou que objetivo da campanha é promover a conscientização no trânsito. “A gente sente na pele a dificuldade diária dos cadeirantes. Como a maioria deles está nessa situação em consequência de acidentes, nada mais oportuno do que trazer a mobilização para rodovia.”

“Ao fim de cada plantão, quando verificamos as estatísticas, são muitos os casos que acabam em amputação. O que a gente pede é que as pessoas respeitem as leis de trânsito”, reforçou o inspetor De Lucas Barbosa. Foi por causa de um acidente de trânsito que o policial reformado
Luís Maurício Alves dos Santos, 43 anos, está numa cadeira de rodas há 11 anos e não tem previsão de voltar a andar. “Nós, cadeirantes, ainda somos submetidos a todo tipo de preconceito. O meu grande consolo é saber que existem pessoas em situações ainda piores que a minha e conseguem levar uma vida normal, trabalhando, estudando, apesar de todas as adversidades”, conta.

A dona de casa Ivaneide Nunes de Lima, 30 anos, ficou paralítica há oito, quando um vírus atacou a sua medula. Ela aderiu à campanha em solidariedade aos colegas que perderam os movimentos por serem vítimas de acidentes de trânsito. “Para que isso não aconteça a outras pessoas, temos que conscientizar os motoristas. A vida de cadeirante é muito difícil. Quando levo minha filha para passear, em vez de eu segurar na mão dela para atravessar a rua, é ela quem me ajuda empurrando a cadeira”, conta a mãe da pequena Nicole Stefany, 9. Nem mesmo o sol quente de ontem cansou Ivaneide, que entregou panfletos sobre cuidados que se deve ter ao dirigir ao maior número de motoristas que conseguiu.

Personagem da notícia
De repente, tudo mudou


Há 11 anos, não passava pela cabeça do policial militar reformado Luís Maurício Alves dos Santos, 43 anos, sentar em uma cadeira de rodas. Mas a imprudência de um motorista em alta velocidade obrigaria o homem apaixonado por esportes e acostumado com a independência a viver uma vida de limitações. No início da madrugada de 5 de setembro de 1998, Luís voltava de moto para casa, no Gama, quando foi atingido por um VW Voyage bege. “A perícia concluiu que o motivo da batida seria o excesso de velocidade do condutor do Voyage”, conta . O carro estaria a mais de 80km/h em uma via de 60km. O condutor fugiu sem prestar socorro à vítima, que ficou no chão. Por causa do acidente, o maranhense Luís, que chegou a Brasília há 30 anos cheio de esperança, ficou paraplégico. O homem que teria causado o acidente foi preso em flagrante dentro de casa, graças às testemunhas que anotaram a placa do carro. “Por três anos, ele (condutor do Voyage) prestou serviços comunitários. E eu fui condenado a nunca mais andar. A minha esperança é a evolução das pesquisas com células embrionárias”, desabafa Luís. Pai de duas filhas adolescentes, o policial vive atualmente na casa da mãe, de quem recebe apoio. Hoje, a vida de Luís é dedicada à luta pela dignidade das pessoas portadoras de deficiências. Ele é coordenador do Fórum de Apoio das Entidades e Pessoas com Deficiência do DF e Entorno (Faped) e conselheiro do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Coddede).


Depoimento
Valor à vida

“Era uma quarta-feira, 11h30, quando tudo aconteceu. Trabalhava de barman em Goiânia e voltava para casa em Valparaíso de Goiás de transporte pirata. Era um Fiat Tempra, onde estavam eu e mais três pessoas, além do motorista. No trevo de Neropólis (município goiano), perto de Anapólis, passou um carro da polícia, e o motorista, acredito que por estar irregular, se assustou, perdeu o controle do veículo, bateu em um outro e capotou. Todos nós voamos para fora do veículo. O motorista que estava sem cinto morreu. Eu quebrei a coluna, cinco costelas e a clavícula. Foram 11 meses de internaçã.o Perdi os movimentos do umbigo para baixo. Não tenho chances de recuperação, já que a minha coluna quebrou mesmo, não foi só lesão. O acidente ocorreu em 31 de março de 2004. Ao longo desses anos, aprendi muitas coisas que antes não sabia. Entre as boas, aprendi a valorizar o que a vida tem de melhor para mim, que é sobretudo estar vivo.”
José Raimundo Santos, 33 anos, artesão, morador de Valparaíso de Goiás.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Super Esportes




RÚGBI EM CADEIRA DE RODAS

 Com bola de vôlei em quadra de basquete, paraplégicos do DF aprendem a praticar rúgbi

Patrícia Banuth

Publicação: 13/01/2010 07:01

Atualização: 13/01/2010 12:27

A quadra é a mesma do basquete. A bola é a do vôlei. Mas o que eles jogam é rúgbi em cadeira de rodas. A modalidade, em um primeiro momento, parece ter pouco a ver com o tradicional e muitas vezes violento rúgbi, que pode ser resumido como um futebol americano em que os praticantes não usam proteções.


Partindo desse princípio, quem já viu um jogo de rúgbi pode até imaginar que, em sua versão adaptada, o contato é eliminado pelo fato de os praticantes estarem em cadeiras de rodas. O pensamento, entretanto, não é correto. Assim como no rúgbi tradicional, a rivalidade na categoria parolímpica é grande. Apesar de o choque entre os para-atletas não ser permitido — caso ocorra, pode resultar em penalidades — , o contato entre as cadeiras, com direito a muitas quedas durante a partida, ocorre frequentemente. E, por incrível que pareça, essas características não colocam medo naqueles que estão começando. Ao contrário, segundo os próprios paradesportistas, esse é o maior atrativo do esporte.

Apesar de o rúgbi em cadeira de rodas participar das Paraolimpíadas desde 1996, quando estreou em Atlanta, a modalidade adaptada demorou a surgir no país do futebol. E até hoje ainda conta com poucos praticantes. A primeira equipe brasileira, a Centro de Referência Guerreiros da Inclusão, apareceu no Rio de Janeiro, em 2005. No último campeonato brasileiro, que ocorreu no ano passado, em Paulínia (SP), somente cinco equipes disputaram o título.

Para mudar essa realidade, desde o ano passado a Associação Brasileira de Rúgbi em Cadeira de Rodas, entidade responsável por organizar a modalidade no país, busca difundir o esporte, incentivando a criação de equipes em diversas partes do Brasil. O objetivo, segundo o diretor técnico da entidade e ex-técnico da Seleção Brasileira, Carlos Sig Martins, é descobrir novos talentos que possam integrar a Seleção Brasileira. “O Brasil tem muitos bons para-atletas. Mas precisamos criar mais equipes para aumentar o universo para as escolhas”, afirmou.

Assim, no fim do ano passado, surgiram em Brasília o Águias, no Gama, e o Búfalos, em Ceilândia, encerrando o jejum brasiliense de times na modalidade. “De repente está escondido aqui um ótimo jogador”, destacou Sig.


» Saiba mais
Brasileiro deverá ser jogado em Brasília

De acordo com o calendário da Associação Brasileira de Rúgbi em Cadeira de Rodas, o Campeonato Brasileiro da modalidade está programado para acontecer em abril, em Brasília. A expectativa dos organizadores é de que 10 equipes participem da competição.


Seguindo em frente

Indicado ao Oscar em 2005, o documentário Murderball – paixão e glória mostra a rivalidade entre jogadores de rúgbi em cadeira de rodas. O filme relata pessoas que, para superarem o problema, se apegam a um esporte que promete contato físico e uma boa dose de agressividade. Os personagens se abrem para as câmeras e revelam todos os detalhes de suas personalidades, dando mais que uma lição de vida e mostrando que é possível seguir em frente e ser especial depois de uma tragédia.


Atraso de três meses nos treinos das Águias

A equipe do Águias planejou o início dos treinos para cerca de três meses atrás. Porém, devido a uma reforma na quadra do Centro de Atenção Integral à Criança (Caic), do Gama, local onde as atividades seriam desenvolvidas, os planos tiveram de ser adiados. Com isso, somente na tarde da última sexta-feira foi que o time pôde ter o primeiro contato com o esporte.

O presidente da Associação dos Deficientes do Gama e Entorno (ADGE), Luís Maurício Alves dos Santos, aproveitou a passagem de Carlos Sig Martins pela capital e o convidou para dar a primeira aula ao Águias.

A maioria dos jogadores que compareceram à quadra do Caic já conhecia o rúgbi em cadeira de rodas por causa do filme Murderball – paixão e glória. Mas eles não sabiam as regras do jogo. Depois de uma breve explicação, os alunos se arriscaram em algumas jogadas. E garantem ter adorado.

Raphael Lucena, 26, foi o que mais se destacou. Demonstrando vontade de aprender e um excelente preparo físico, ele aprovou a experiência. “Eu estava empolgado. Estava até pensando em ir para o Rio fazer um treino com o pessoal de lá, mas acabou não dando. Como primeiro dia, gostei muito”, avaliou Raphael, operador de telemarketing que, em 2004, depois de pular em um rio e bater a cabeça, ficou tetraplégico.

Praticante de basquete há pouco mais de um ano, Raphael disse que o que mais chamou a atenção foi o fato de ser um esporte de muito contato. “O rúgbi tem essa coisa da pancada. Isso provoca uma adrenalina maior”, declarou o novato, que já sonha em um dia fazer parte da seleção. “Quem sabe não consigo?”

Influenciado pelo filme

Aos 33 anos, Francisco Roques Martins contou que se animou a ingressar no time de rúgbi do Gama depois que assistiu ao filme Murderball. “Depois que assisti ao filme, pensei: ‘É nesse esporte que a gente tem que detonar’.”

A professora de educação física Kátia Siqueira, que deve ser a treinadora do grupo do Gama, disse que primeiro os paraatletas passarão por uma adaptação para o uso da cadeira e receberão um treinamento para ficarem condicionados fisicamente. Só depois, iniciarão as atividades com a bola. Kátia espera que em três meses os jogadores estejam preparados para disputar campeonatos.

Os Búfalos têm pressa

O time da Ceilândia, de acordo com o presidente do Movimento Habitacional e Cidadania da Pessoa com Deficiência (Mohciped), José Afonso Costa, já com conta com 10 para-atletas, entre homens e mulheres. Apesar de os treinos ainda não terem começado e a equipe nem mesmo ter um treinador, Costa garante que todos estão muito animados para começar a nova modalidade.

“Tudo é novo para a gente. Os para-atletas ficam me cobrando a toda hora quando vamos começar. Eles estão ansiosos para conhecer e aprender o esporte. Alguns já têm experiência com o basquete, mas com o rúgbi nenhum tem”, contou o presidente do Mocihped, que aguarda otimista uma resposta do Ministério do Esporte sobre a liberação de uma verba, prevista pela Lei de Incentivo ao Esporte, para a aquisição de cadeiras de rodas próprias para a prática do rúgbi.

A grande sacada

De acordo com o Carlos Sig Martins, as adaptações no rúgbi foram feitas para facilitar a prática do esporte por cadeirantes e proporcionar aos tetraplégicos mais uma modalidade. Em geral, portadores dessa lesão praticavam a bocha, o tênis de mesa e, em alguns casos, o basquete. “A grande sacada do rúgbi foi facilitar o esporte. A bola oval, que é pesada e difícil de ser segurada, foi substituída pela de vôlei, que é leve e encontrada em qualquer lugar. A quadra de basquete também fica fácil de encontrar”, explicou Carlos Martins.

Por conta disso, praticar o rúgbi em cadeira de rodas tornou-se simples. O único instrumento particular da modalidade é a cadeira de rodas, desenhada especificamente para dar mais estabilidade à pessoa deficiente e protegê-la de lesões. Contudo, até mesmo aí é possível improvisar. Como no Brasil a cadeira de rodas específica ainda não é fabricada, muitas equipes, no início, utilizam as do basquete, que têm uma estrutura parecida e viabilizam a prática do jogo.