Publicidade da Folha
de S.Paulo, em Brasília
Uma
discussão acalorada entre um homem que se identificou como "advogado
voluntário da frente parlamentar evangélica" e três cadeirantes movimentou
a manhã em frente ao STF.
O
advogado, Matheus Sathler, 24, abordou os três e os acusou de estarem sendo financiados
por uma multinacional com interesses na Lei de Biossegurança. Nesse momento,
tirou do bolso a carteira e ofereceu dinheiro.
Lula
Marques/Folha Imagem
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Advogado
causa confusão ao acusar cadeirantes de serem pagos por empresa
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Sathler
chamou os cadeirantes para irem a igrejas evangélicas, onde seriam
"curados" e poderiam voltar a andar. "Queremos todos vocês lá,
homossexuais também. Quem for excluído [pode ir], negro, somos contra
discriminação. Prostitutas e travestis também. E vai sair falando grosso",
disse.
Um dos
cadeirantes, Luís Maurício dos Santos, 41, disse ter achado a manifestação
"um preconceito total". "Já fui várias vezes convidado a ir a
igrejas evangélicas. Fui e continuo na cadeira."
Participação
mais tranqüila contra o uso de embriões foi a do casal Renato e Maristela
Schalders, 55 e 46, que foram ao tribunal para rezar.
A
paulista Angelita Oliveira, 40, estava em lado oposto da torcida. Trouxe a
filha de nove anos e portadora de distrofia muscular. "Eu não esperava ter
um filho com distrofia. Esses que estão contra não têm. Deixa vir dois ou três
filhos com distrofia", disse.