Autor: Denis Monteiro
O passe livre para pessoas portadoras de doenças
crônicas ou deficiência ganhou ontem um abaixo assinado a seu favor, que foi
organizado pelo Fórum Permanente de Apoio e Defesa dos Direitos das Pessoas Com
Deficiência (Faped). O coordenador geral do Faped, Michel Platini, alega que o
acordo feito com o Ministério Público não está sendo cumprido. "Ainda
continua o limite diário de seis passagens para o passe livre, o Fácil ainda
está bloqueando os cartões". O acordo realizado no dia 25 garante que os
portadores de doenças crônicas ou deficiência possam circular livremente nos
transportes públicos, no caso de ocorrer suspeita de fraude, uma fiscalização é
instaurada e, se for comprovada, é efetuado o bloqueio.
O órgão responsável pelos passes, Fácil, têm uma
posição contrária. A partir do dia 25, os cartões só têm sido bloqueados com a
aprovação da secretaria de transportes. "Vamos cumprir qualquer decisão da
secretaria de transportes". De acordo com o órgão, vários casos de uso
indevido do cartão foram detectados, principalmente o uso exagerado.
A secretaria de transporte também afirma não ter conhecimento sobre o
bloqueio, "ainda não temos nada formalizado. Faremos uma nova audiência pública
para resolver logo esse problema", explicou o secretário adjunto Julio
Urnau. O vice-coordenador da Faped, Luís Mauricio dos Santos, diz que é um
absurdo o governo dar tal liberdade para a Fácil. "Não era para ser da
competência da Fácil, mas sim do DF-Trans. Eles não têm coragem para tirar a
concessão do órgão.", explicou Santos.
Segundo
Sirlene Meneses, o marido deficiente visual teve o cartão bloqueado por conta
de um erro na hora do cobrador efetuar a passagem, que, em seguida, foi
bloqueado.
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