Sozinho, Luiz Maurício não consegue circular pelo Setor Comercial Sul. A sorte é que encontra gente como o padeiro Francisco da Silva. “A gente faz esse esforço de coração para ajudá-lo a subir esses degraus”, fala Francisco da Silva, padeiro.
Nos pontos de ônibus, mais dificuldades: para subir e descer. Também não é possível entrar no shopping pela porta da frente. “É uma felicidade quando a gente encontra uma rampa de acesso”, diz Luiz Maurício, Associação dos Deficientes.
Ao contrário de outras capitais, os ônibus de Brasília ainda não têm portas abertas para os deficientes. E a estimativa das entidades é que apenas 20% dos prédios tenham rampas especiais.
Uma lei distrital, de 1992, determina que todos os prédios-públicos e particulares tenham acesso fácil para deficientes. Prevê também a adaptação das calçadas. Mas depois de 14 anos, os deficientes reclamam que pouca coisa mudou.
Os candidatos a governador do Distrito Federal prometem tirar a lei do papel.
José Roberto Arruda diz que só vai liberar obras de novos prédios adaptados e exigir a adaptação dos antigos. “A gente só vai dar o alvará de construção se o projeto estiver adaptado para o cadeirante e deficiente. Os ônibus novos terão que vir adaptadores. Os que já estão em circulação vão ser fiscalizados, exigindo essa adaptação”, garante o candidato do PFL.
Para Arlete Sampaio, já existem boas leis, falta apenas vontade política e fiscalização. “Aprovamos uma lei modificando o código de acessibilidade. É preciso exigir o cumprimento da lei e adaptar o transporte coletivo para os portadores de deficiência”, fala a petista.
A governadora Maria de Lourdes Abadia diz que a lei já começou a ser cumprida no DF, inclusive no sistema de transportes. “No projeto Brasília Integrada tudo será adaptado aos cadeirantes, plataformas e ônibus serão adaptados para as cadeiras”, diz a candidata do PMDB.
Toninho do P-SOL planeja gastar recursos da Secretaria de Transportes para adaptar os espaços públicos. “É preciso adaptar as calçadas, colocar rampas para os deficientes e permitir que os ônibus tenham dispositivos para acolher o deficiente sem dificuldade”, fala.
O candidato do PCO, Expedito Mendonça, acredita que começa a melhor o acesso dos deficientes com multas pesadas. “Garantir a fiscalização e impor multas pesadas para quem descumprir a legislação. Essa é uma forma de garantir o acesso dessas pessoas aos prédios públicos e ao transporte no DF”.
A candidata do PSDC, Maria de Fátima Passos, defende a imediata execução da lei, garantindo o direito constitucional de todo brasileiro de ir e vir.
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